Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
26 de Abril de 2024

CUT se recusa a assinar campanha pela anulação da reforma da Previdência

Em nota, CUT diz que não vai assinar cartaz Reforma Comprada Tem Que Ser Anulada; no Rio, convoca ato pela anulação do julgamento do mensalão

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) se recusou a assinar o cartaz da campanha nacional do funcionalismo que defenderá a anulação da reforma da Previdência aprovada em 2003. Ao invés disso, vai promover, no Rio de Janeiro, um ato público pela anulação do julgamento do Supremo Tribunal Federal que levou à condenação do então ministro José Dirceu e outros 24 réus, envolvidos com o esquema de compra de votos e apoio político no primeiro mandato do governo Lula, o chamado mensalão, que vigorou no período em que a reforma foi aprovada.

A campanha que está sendo organizada pelo Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais terá cartaz cujo mote é a frase Reforma da Previdência Comprada Tem Que Ser Anulada. A decisão da CUT nacional de não assinar a campanha foi comunicada às entidade que integram o fórum por meio de uma nota, na qual a central diz apoiar a luta contra os efeitos da referida reforma sobre os trabalhadores, mas alega estar impossibilitada de assinar o cartaz da campanha porque esta estaria calcada no entendimento de que a emenda constitucional em questão foi aprovada com compra de votos.

Diz trecho da nota: (...) Ratificamos nossa posição contrária à Reforma objeto da campanha, mas, porém, com relação ao mérito da campanha que tem com Tese (sic) a caracterização da compra de votos no Congresso Nacional para aprovação da Reforma da Previdência de 2005 [na verdade, 2003], entendemos ser uma tese de nível de controvérsia técnica e política muito complexa, gerada em verbalizações em partes do debate no julgamento recente da ação no STF denominada popularmente de mensalão. A nota, que ressalta o acordo da central com a participação no fórum unificado do funcionalismo, é assinada pelos diretores executivos Vagner Freitas, Sergio Nobre e Pedro Armengol.

Zé Dirceu é convidado especial

Por outro lado, a CUT-RJ organizou um ato pela anulação não da reforma, mas do julgamento da Ação Penal 470 pelo STF. O ex-ministro José Dirceu é convidado especial ao evento. A atividade ocorrerá na ABI (Associação Brasileira de Imprensa), na quarta-feira (30), a partir das 19 horas, no Centro do Rio, e está sendo convocada pela central na internet como um ato pela anulação do julgamento do mensalão, apontado como repleto de erros por parte dos ministros do Supremo.

A reforma da Previdência de 2003 passou no Congresso Nacional em meio a manifestações contrárias dos servidores por todo país. No dia da votação na Câmara dos Deputados, cerca de 50 mil pessoas ocuparam as ruas de Brasília para dizer não à emenda constitucional que reduziu e taxou aposentadorias e pensões e postergou o direito dos servidores de se aposentar. Reforma que o procurador-geral da República e os ministros do STF concluíram, nove anos depois, que foi aprovada com compra de votos.

Luta Fenajufe Notícias

Por Hélcio Duarte Filho

Terça-feira, 29 de janeiro de 2013

  • Publicações1887
  • Seguidores6
Detalhes da publicação
  • Tipo do documentoNotícia
  • Visualizações45
De onde vêm as informações do Jusbrasil?
Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/cut-se-recusa-a-assinar-campanha-pela-anulacao-da-reforma-da-previdencia/100317557

0 Comentários

Faça um comentário construtivo para esse documento.

Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)