Dia de Paralisação em SP: adesão na capital, Baixada e interior

Os servidores do Judiciário federal em São Paulo se organizam para entrar com força na campanha salarial unificada. E na quinta-feira, 10, a categoria mostrou que está disposta a ir à luta para pressionar o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, e a Presidente da República Dilma Rousseff (PT) a abrirem negociações efetivas.

Em assembleia, a categoria aprovou paralisar por mais 24 horas em 29 de abril, quando será definido o início da greve por tempo indeterminado. Indicando o dia 7 de maio como provável data para a greve por tempo indeterminado, a assembleia também aprovou o estado de greve.

No fórum trabalhista Ruy Barbosa, o maior do Brasil, a adesão à paralisação da quinta-feira, 10, fechou 52 balcões, dos 90 do prédio. Acho a que a adesão está ótima por ser um primeiro dia. Ela reflete a indignação com as condições de trabalho, disse o diretor de base do Sintrajud e servidor do Ruy Barbosa Marcus Vergne.

Também houve paralisações no prédio do TRT-2, na av. Rio Branco, na Justiça Federal, no TRF-3 e no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP). Em cidades importantes da Grande São Paulo também houve adesão ao dia de luta, como na JT de Barueri e de Ferraz de Vasconcelos.

Baixada Santista

Lynira Sardinha, da JT de Cubatão e diretora de base do Sintrajud, explicou que a boa adesão que houve na Baixada Santista é resultado de um trabalho que vem sendo feito ao longo do tempo: Temos feito vários arrastões de convencimento, disse.

A paralisação na Baixada teve adesão dos servidores da JF e dos JEFs (Juizado Especial Federal) de Santos e São Vicente; da JT na Praia Grande, São Vicente, Guarujá, Cubatão. E ao meio dia, a escadas do fórum federal de Santos foram tomadas pelos servidores, que realizaram ali um grande ato, que contou com a presença de outras categorias.

Estamos no caminho certo, pois é fundamental manter a categoria organizada, unida e mobilizada, o que deve ser feito em conjunto com o esforço de fortalecer a campanha salarial unificada do funcionalismo. Não podemos perder de vista que a data-base é fundamental para manter o poder de compra de qualquer tabela disse Adilson Rodrigues, diretor do Sintrajud e da Fenajufe.

Marília Ourinhos

Em Marília, a categoria parou entre 14h e 17h, realizando um ato às 15h, que teve a participação da AGU, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público Federal, Justiça Eleitoral e Receita Federal: Durante o ato, relembramos as reivindicações comuns aos Servidores Públicos Federais (data-base, reposição salarial, melhores condições de trabalho) e reforçamos a necessidade de uma campanha conjunta, conta o servidor João Carlos, que é diretor de base do Sintrajud.

Os servidores vão fazer uma nova assembleia no dia 22 para deliberar sobre o indicativo de greve. Também houve paralisação em Ourinhos.

Reivindicações da categoria

Do ministro Joaquim Barbosa, a categoria cobra efetiva negociação em torno das reivindicações específicas da categoria. Daí a importância de intensificar o trabalho de mobilização da categoria, pois o STF aceitou instalar mesa de negociação com a participação dos tribunais, conselhos superiores e representantes dos servidores. A decisão foi comunicada durante reunião na última terça-feira (8). Da presidente Dilma, as diferentes categorias dos servidores públicos exigem respeito à data-base e uma política permanente de valorização salarial, entre outros pontos.