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26 de Abril de 2024
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    Protestos atingem 8 estados, que concentram 60% do eleitorado

    Os servidores do Judiciário Federal e do MPU fazem, nesta quarta-feira (15), manifestações em pelo menos oito unidades da federação, tendo como foco central pressionar o governo federal e a cúpula dos tribunais a 11 dias do segundo turno das eleições. Haverá paralisações no Rio Grande do Sul e Distrito Federal, de 24 horas, e em Minas Gerais, de duas horas. Embora haja desigualdades na mobilização, que não abrange todo o território nacional, os protestos confirmados devem ocorrer em estados que, juntos, representam perto de 65% dos servidores do Poder Judiciário Federal e concentram, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, cerca de 60% dos eleitores do país.

    A movimentação é, em certa medida, um sinal da categoria de que as promessas de possível contraproposta do governo Dilma Rousseff (PT) às reivindicações salariais não bastam. Os trabalhadores decidiram em assembleias que querem a definição de um acordo em torno dos projetos salariais e do corte no orçamento do Poder Judiciário e do MPU antes do segundo turno das eleições, que acontece no dia 26 de outubro. Faz quatro anos, o então presidente Lula sinalizou, a poucos meses das eleições de 2010, que estaria aberto a dialogar e buscar uma solução para o problema salarial após o pleito. Acabou encerrando o mandato sem sequer iniciar as negociações.

    Indicativo de mais paralisações

    As paralisações de 24 horas no Distrito Federal e no Rio Grande do Sul vão ser acompanhadas de atos públicos em Porto Alegre em Brasília. Em Minas Gerais, também haverá manifestação em Belo Horizonte durante a paralisação de duas horas. Os protestos acontecem ainda em São Paulo, em frente ao maior tribunal eleitoral do país, na Bahia, no Rio de Janeiro, em Mato Grosso e no Maranhão. É possível que ocorram atos em outras regiões sem que tenham sido divulgados nos sites dos respectivos sindicatos. Dentre os estados que vão se manifestar estão seis das maiores bases da categoria no país.

    A proposta de esticar os protestos na reta final da campanha eleitoral foi ratificada pela direção da federação nacional (Fenajufe), reunida no domingo (12), em Brasília, a partir de decisões de assembleias em alguns estados. A federação aprovou o indicativo de atos e paralisações de 24 horas nos dias 15 e 22 de outubro sendo que, nesta última data, haverá ainda uma manifestação conjunta e nacional na capital federal.

    O calendário de mobilização visa reforçar a luta pelos projetos de reajuste salarial, pela data-base, pela isonomia entre chefes de cartórios e repudiar os ataques ao direito de greve como o registrado no TRE de São Paulo. Há ainda uma referência nacional à defesa do direito à vida e a condições dignas de trabalho, decorrente dos três casos de suicídio em um mês no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo.

    Negociações

    As direções sindicais analisam que a categoria não pode deixar passar esse momento para forçar o fechamento de um acordo entre os poderes. Por um lado, o governo acena com o início da negociação e com a possível apresentação de contraproposta para os próximos dias até a manhã desta quarta-feira (15), o STF não havia comunicado a federação sobre a reunião com o Ministério do Planejamento prevista para esta semana.

    Por outro, não há nada de concreto ou assegurado até agora e, para muitos servidores, a tendência, que se tenta reverter, é de manutenção da política que já impõe oito anos de perdas salariais à categoria. De todo modo, a proximidade das eleições e o cenário de disputa acirrada entre os dois candidatos à Presidência, Dilma (PT) e Aécio (PSDB), tendem a dar mais repercussão a qualquer mobilização e muitas vezes mais quando se trata da categoria encarregada organizar o processo eleitoral.

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