Servidores da JT se mobilizam por melhores condições de trabalho
A melhoria das condições de trabalho está mobilizando os servidores da Justiça Trabalhista. Em assembleia setorial no Fórum Ruy Barbosa nesta quarta-feira, 22, eles começaram a definir as próximas ações que pretendem realizar em relação ao tema.
Antiga preocupação da categoria, a questão ganhou destaque ainda maior depois que, no período de um mês, três servidores atentaram contra a própria vida, sendo dois deles nos locais de trabalho.
No caso da morte da servidora Amanda Priscila Costa, no dia 13 de outubro, o sentimento de revolta dos colegas aumentou depois que a juíza Elisa Andreoni, da 26ª vara, postou uma desrespeitosa mensagem no Facebook. Em resposta, o Sintrajud protocolou uma representação contra a juíza na Corregedoria do TRT-2.
A avaliação dos servidores, porém, é que a morte dos três colegas sinaliza questões bem mais amplas do que os casos individuais. As tragédias estão relacionadas a problemas que afetam toda a categoria e que têm pautado a luta por melhores condições de trabalho: assédio moral, falta de perspectiva de carreira, excesso de trabalho e falta de participação dos servidores nas decisões administrativas do Tribunal, entre outras questões.
Uma das deliberações da assembleia setorial foi estudar a criação de uma comissão capaz de se debruçar sobre esses problemas e propor uma mudança estrutural nas condições de trabalho do Tribunal. Temos de encontrar um espaço institucional de debate, disse o servidor Marcelo Penna Kagaya.
Reunião no Sindicato
Os detalhes a respeito dessa e de outras medidas a serem tomadas para cobrar a melhoria das condições de trabalho serão discutidos em uma reunião na sede do Sintrajud na próxima terça-feira, 28, às 18h. Todos os servidores da Justiça Trabalhista estão convidados a participar.
A ideia é formatar uma proposta para apresentar à presidência do TRT-2 no dia 5 de novembro, quando haverá uma reunião da presidente do Tribunal, Sílvia Regina Pondé Galvão Devonald, com diretores do Sintrajud. Antes, os servidores pretendem discutir a proposta com a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 2ª região (Amatra-2).
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