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26 de Abril de 2024
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    Documento revela que Abin monitora movimentações sindicais nos portos

    Ordem partiu de Gabinete de Segurança Institucional da Presidência

    Por Caê Batista

    No ano passado, quando o conjunto do funcionalismo estava em greve contra o congelamento salarial, uma reportagem da revista Isto É dava conta que agentes a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teriam monitorado a ação de dirigentes sindicais.

    Em 04 de abril deste ano, o jornal o Estado de S. Paulo publicou reportagem informando que a Abin estaria monitorando a atuação sindical no porto de Suape, em Pernambuco. Os trabalhadores dos portos do país começaram a se mobilizar para tentar barrar a Medida Provisória 595, conhecida como MP dos Portos.

    De acordo com a reportagem, a ação de monitoramento foi iniciada no começo de março, coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), ligado à Presidência da República, e realizada pela Abin.

    Ministro-chefe do GSI, general José Elito Carvalho se apressou em classificar a reportagem de mentirosa, afirmando que o governo não monitorava movimentações sindicais. Quatro dias depois da primeira reportagem, porém, o jornal divulgou um documento sigiloso identificado como Ordem de Missão 022/82105.

    Datado de 13 de março, o ofício encaminhado a superintendências da Abin em 15 estados litorâneos traz como alvo a Mobilização de Portuários. O documento informa que a missão da Abin é identificar ações grevistas como reação à MP que altera o funcionamento dos portos.

    Os alvos monitorados seriam sindicalistas ligados à Força Sindical. A central se reuniu com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), possível candidato à Presidência da República e contrário à MP. Dirigentes sindicais ligados à Força Sindical pretendem promover paralisação nacional de 24 horas no daí 19 de março. 2013, alerta o documento.

    A estrutura montada para espionar a movimentação dos trabalhadores foi semelhante àquela utilizada no evento Rio+20. De acordo com a reportagem, a operação contou equipamentos Israelenses que transmitiram em tempo real e em alta resolução imagens dos portuários. Em Brasília, foi organizada uma estrutura de vigilância que funcionou 24 horas por dia.

    Em nota, o GSI informou que não se manifestaria sobre a monitoração do Porto de Suape, por se tratar de uma atividade de inteligência de Estado. O gabinete disse que acompanha, diuturnamente, em torno de 700 cenários institucionais, inclusas as estruturas estratégicas do País, para prestar assessoria, no momento oportuno, às autoridades governamentais sobre assuntos de interesse nacional.

    O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) cobrou explicações do governo sobre a ação de monitoramento. Na quinta-feira (11/04), o vice-presidente da República Michel Temer (PMDB) tentou minimizar a situação: O governo precisa saber o que acontece no País. Não vejo como uma coisa anormal. São informações importantes. Não é monitoramento, como se fosse uma espionagem. É uma questão de segurança.

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/documento-revela-que-abin-monitora-movimentacoes-sindicais-nos-portos/100458146

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